O Projeto substitutivo aprovado ontem pelos vereadores de Dourados que prevê que as queimadas da palha da cana-de-açúcar, no município de Dourados, num prazo de dois anos, sendo metade até dezembro de 2008 e o restante até 2009, foi uma manobra do vereador e presidente do Legislativo, a afirmação é de Ronaldo Ferreira Ramos, representante do Comitê Regional de Defesa Popular de Dourados. Os vereadores que a favor deste Projeto não pensaram nas conseqüências para o município e para a saúde da população. Votaram a favor deste segundo substitutivo, que amplia o prazo para o fim das queimadas, os vereadores Paulo Henrique Bambu (PSC), Carlinhos Cantor, Edson Lima e Laudir Munaretto, todos do PR, Eduardo Marcondes (PMDB) e Sidlei Alves (DEM). Outros cinco vereadores se manifestaram contra. O vereador Tenente Pedro, do PT, não votou porque presidia a sessão. O presidente da Casa, Carlinhos Cantor, tinha passado a presidência porque apresentou o substitutivo II. Com isto, o PT perdeu um voto contra as queimadas. O vereador bancário Elias Ishy disse que em fevereiro de 2008 vai ingressar com um novo Projeto Popular, para a suspensão imediata das queimadas. Ele vai organizar um movimento popular para tentar garantir que 6% dos eleitores de Dourados, ou seja, cerca de 7.500 pessoas votem a favor do projeto dele. No final da sessão de ontem, a última do semestre, os manifestantes forraram o piso do plenário com moedas e notas de dinheiro, em sinal de repúdio aos vereadores que votaram a favor do substitutivo, os quais eles chamavam de “traidores” e “vendidos” aos interesses de uma meia dúzia de usineiros, em detrimento à vontade do povo