Dilma Rousseff se tornou a primeira mulher eleita para o cargo mais importante do país, o de presidente da República. A petista é a 12ª a ocupar o posto em toda América Latina e vai assumir o comando da oitava maior economia do mundo. Números à parte, a vitória é mais uma conquista na longa história de luta das mulheres. A eleição de Dilma, em um mundo marcado pela presença e pelo comando dos homens, tem relação estreita com a história das bancárias no Brasil. Acostumadas a trabalhar em um universo predominantemente masculino, elas tiveram de conquistar espaço pouco a pouco, demonstrando competência, afirmando os direitos e abrindo espaço para novas mulheres. Contudo, a luta não é fácil. Ainda hoje, comparados os salários de homens e mulheres que desempenham as mesmas funções nos bancos, é fácil perceber que elas não são valorizadas na mesma medida. Quando admitidos, a remuneração inicial deles é, em média, R$ 2.574,23, enquanto a das mulheres é de R$ 1.800,98. Diferença de 30,04%. Dilma Rousseff mostrou que a competência das mulheres pode ser colocada a serviço dos mais variados postos sociais do país. Não há razão, portanto, para que a bancária, ou qualquer trabalhadora, continue a ser avaliada pelo sexo e não pela qualidade do trabalho prestado.