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7 de Março de 2013 às 23:59

Murilo usa liminar para cancelar paralisação e professores taxam de "antidemocracia"

Marcada para terça-feira (5), a paralisação dos professores da rede municipal de Dourados foi interrompida devido à uma liminar pedida pela Prefeitura de Dourados, que declarou ilegal o movimento por falta de aviso prévio à administração. Servidores, que relatam quebra de compromissos e falta diálogo, intitularam o ato como antidemocrático.
Clique aqui e veja também: Nota de Apoio aos Professores e administrativos Municipais de Dourados
Os professores reivindicam diversos pontos, como um terço da hora atividade para planejamento de aulas, piso salarial com base em 20 horas semanais e a inserção dos administrativos no Plano de Cargos e Carreiras até a data base da categoria, que acontece no dia 1º de abril.
A limitar, concedida às 23h de segunda-feira (4) e assinada pelo desembargador do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) Carlos Eduardo Condar, declarou que a paralisação, que juridicamente é uma greve de tempo determinado, não foi informada oficialmente à Prefeitura com 48h de antecedência, por isso teve que ser interrompida.
Os servidores foram surpreendidos pela liminar às 10h de terça, quando realizavam manifestação em frente ao CAM (Centro Administrativo Municipal) de Dourados. “O oficial de Justiça nos oficiou, e tivemos que tentar cancelar o movimento”, afirmou João Azevedo, presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Dourados, que representa 1,8 mil profissionais.
A manifestação, que reunia aproximadamente mil manifestante, teve que ser cancelada e o expediente retomado no período vespertino.
O Simted considerou a liminar uma medida antidemocrática tomada pelo prefeito Murilo Zauith (PSB). “Há quatro anos que não avançamos em nada, e esperamos as coisas se acalmarem administrativamente depois do caos político que tivemos na cidade. Mas agora já está estável, e os compromissos não estão sendo cumpridos”, explicou Azevedo. “Passamos o ano passado inteiro conversando, não queremos mais conversa, queremos ações”, disparou.
Mesmo após o movimento dos professores, a Prefeitura de Dourados não sinalizou a abertura de negociações com a classe. O Simted informou que ainda aguarda contato da administração.
Reivindicações
Os professores querem abertura das discussões do PCCR (Plano de Cargo e Carreira e Remuneração), paralisado desde 2009, e que a atual administração prometeu resolver em 2012 e não cumpriu; a não implantação da redução da jornada de trabalho dos professores, que é Lei desde 2008 e traria benefícios, já que o professor teria mais tempo para planejar as aulas e estudar, enquanto os alunos (educação infantil e do 1º ao 5º ano) poderiam ter outras disciplinas como inglês, música, literatura, conhecimento lógico matemático.
Dentre as reivindicações também estão a abertura de negociação visando adequação salarial para professores e administrativos, que no decorrer dos anos arcaram com as perdas salariais impostas pela desorganização administrativa que Dourados passou; e a inserção definitiva dos servidores administrativos educacionais no PCCR.
Fonte: Midiamax Campo Grande, por Vinícius Squinelo



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