12 de Março de 2012 às 23:59
Nos três maiores bancos brasileiros só há quatro mulheres em cargos de diretoria e no conselho de administração, contra 140 homens
Maria Izabel, há 26 anos no BB: mulheres são raridade em cargos de tomada de decisão
As mulheres estão conquistando cada vez mais seu espaço no outrora clube fechado de homens chamado mercado financeiro. Porém, pelo menos no que diz respeito aos três maiores bancos brasileiros, elas continuam longe do centro de tomada de decisão. Ao todo, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil têm quatro mulheres no primeiro escalão, contra 140 homens – considerando os cargos de presidência, vice-presidência, diretoria e conselho de administração. Ou seja, uma mulher para cada 35 homens.
Essa é uma realidade que Maria Izabel Gribel de Castro, gerente executiva da diretoria de cartões do BB, conhece muito bem. “Quando virei executiva, participei de um processo de seleção realizado por uma universidade. Foram aprovados 62 homens e eu, porque os pré-requisitos exigiam experiência em gerência, o que restringia a participação feminina”, conta a mineira, de 45 anos e há 26 na instituição financeira.
Já no processo seguinte, as condições foram ajustadas para ampliar a participação feminina. “Com isso, a aprovação foi quase meio a meio”, afirmou Maria Izabel, que já passou pelas áreas de internacional e de investimento em varejo antes de entrar para a diretoria de cartões. Mesmo reconhecendo essa evolução, a executiva admite que, nas posições de tomada de decisão, a participação feminina continua sendo tímida.
“Ainda tem um espaço grande para as mulheres exercerem essas funções. O suporte para que elas cheguem a essa condição tem crescido num passado muito recente”, diz. Segundo Maria Izabel, o país não está 100% preparado para assumir uma divisão de tarefa que viabilize o crescimento profissional mais forte da mulher. “A gente ainda encontra uma dificuldade muito grande em conciliar a vida profissional e pessoal”, ressalta Maria Izabel.
Fonte : WWW.economia.ig.com.br