Novo mínimo de R$ 622,00 vai injetar R$ 64 bi na economia
O salário mínimo de R$ 622,00 proposto pelo governo no Orçamento Geral da União de 2012 respeita o acordo feito entre as centrais sindicais e o governo da presidenta Dilma Rousseff. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)‚ Arthur Henrique‚ a fórmula de valorização do salário mínimo é uma conquista dos trabalhadores.
"Sabemos que‚ no governo [do ex-presidente] Lula‚ construímos a proposta de valorização do salário mínimo [inflação do último ano mais a variação do Produto Interno Bruto - PIB]. Ela é que vai garantir que se tenha‚ ao longo do tempo‚ um aumento real‚ de forma que se possa chegar ao proposto pelo [Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos] Dieese "‚ disse Arthur Henrique.
O valor ideal para atender às necessidades básicas do cidadão‚ calculado pelo Dieese‚ com base no que a Constituição Federal determina‚ é R$ 2.500. Esse montante deveria cobrir despesas como aluguel‚ alimentação‚ lazer‚ entre outras.
Mas mesmo assim o novo salário mínimo, deve injetar cerca de R$ 64 milhões na economia. O valor, reajustado em passa a valer em janeiro. O consumo e o pagamento das dívidas devem voltar a aquecer o mercado e permitir que o PIB (Produto
Interno Bruto) cresça no primeiro trimestre do ano.
O aumento salário beneficia cerca de 66 milhões de pessoas, nada menos do que 46% da População Economicamente Ativa (PEA).
Além de aposentados e pensionistas que recebem um salário mínimo, o cálculo inclui ocupados com rendimento de até 1,5 salário mínimo e beneficiários da Lei Orgânica Social (LOAS) e do Renda Mensal Vitalícia, também ligados ao salário mínimo.