A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 11,4% em agosto, inalterada na comparação com o mês anterior, informou hoje a agência de estatísticas Eurostat.
O número de pessoas desempregadas, no entanto, subiu e atingiu novo recorde de alta, chegando a 19,196 milhões em agosto. O número respresenta uma alta de 34 mil na comparação com julho e alcançou o número mais alto desde janeiro de 1995.
A taxa de desemprego do bloco deve subir nos próximos meses, com pesquisas mostrando que empresas planejam cortes diante das incertezas com a economia local. Além disso, o cenário internacional mostra sinais de desaceleração, em potências como China e Estados Unidos.
Os dados de hoje ainda ressaltam as diferenças entre os países-membros da zona do euro. A taxa de desemprego mais baixa foi registrada na Áustria (4,5%), enquanto a Espanha (21,5%) segue com a taxa mais alta.
O economista-chefe da HIS Global Insight, Howard Archer, disse que levará algum tempo até que o mercado de trabalho europeu se recupere. "Não é realista esperar uma reviravolta no curto prazo, pelo menos nos mercados de trabalho da zona do euro, dada a atual fraqueza na atividade econômica e a baixa confiança dos empresários", afirmou ele. "Na verdade, parece haver um real risco de que a taxa de desemprego na zona do euro possa chegar a 12% em 2013."
Quando analisada a União Europeia como um todo, é possível notar que o desemprego está menor fora da área da moeda comum. Nos 27 países da UE, a taxa de desemprego manteve-se em 10,5% em agosto, após o dado de julho ser revisado em ligeira alta, de 10,4% para 10,5%.
Fonte: Gabrielle Moreira -0 Valor, com Associated Press