29 de Junho de 2015 às 23:59
O Brasil é o país das distorções e trabalhador é mais onerado com tributo
O Brasil é o país das distorções. Enquanto sócios e acionistas de multinacionais enviam para o exterior bilhões de reais de lucro sem qualquer tributação, os cidadãos pagam uma quantidade absurda de tributos, que, muitas vezes, sugam até a última moeda do trabalhador.
Uma grande contradição que, se depender da elite brasileira e dos meios de comunicação, nunca vai acabar. Afinal, não vão querer perder a mamata, criada durante reforma tributária feita nos anos 1990, por Fernando Henrique Cardoso.
Para se ter ideia da injustiça, em apenas dois anos, as multinacionais enviaram ao exterior US$ 52 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões) de lucros não tributados.
Para acabar com a injustiça, a sociedade vai ter de pressionar o Congresso Nacional, composto hoje por muitos parlamentares bancados pelo poder econômico.
Se o Parlamento realmente quisesse fazer a reforma tributária nem seria preciso mexer muito na Constituição Federal, revela a auditora Clair Hickmann.
"Uma reforma infraconstitucional é capaz de trazer justiça em vários aspectos. Por exemplo, o princípio da progressividade, que pode fazer o tributo ser um instrumento de distribuição de renda. Progressividade significa isso: quanto maior renda, maior alíquota".