O faroeste brasileiro patrocinado pelo latifúndio e pelo agronegócio
Foto: casal de ambientalistas assassinados no dia 24/05 - Dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra) da Igreja Católica revelam o nível escandaloso de violência em toda a região que compreende a divisa entre os estados do Amazonas, Rondônia e Acre, Norte do país, classificada como o Faroeste Brasileiro. Para aquela vasta extensão de terra sem lei, onde o Ibama só fiscaliza com escolta policial, o governo está pretendendo criar a Alap (Área sob Limitação Administrativa Provisória). Enquanto isso, madeireiros, grileiros, pecuaristas e o latifúndio impõem o terror. Só na última semana foram quatro lideranças agrárias assassinadas. Até agora ninguém foi preso. O pior é que de acordo com o superintendente do Ibama no Amazonas, Mário Lúcio Reis, sobre o clima de terror implantado por madeireiros, pecuaristas, plantadores de soja e o latifúndio na região Norte do Brasil: “Infelizmente, vai ficar pior com o novo Código Florestal, porque quem degradou vai ser anistiado. Nos resta uma sensação de impunidade, de que este é um país sem lei”. Pois é, onde o Estado se omite a barbárie prevalece. É bom que os trabalhadores de todo o país não se esqueçam de quem votou a favor do indecente Código Florestal brasileiro. Aqui no Mato Grosso do Sul o único deputado que votou contra foi o Deputado Antônio Carlos Biffi. Foto: casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, ambientalistas que tombaram na terça-feira passada, em uma pequena estrada que dá acesso à reserva extrativista Praia Alta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste paraense, projeto sustentável que defenderam com a própria vida. Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues