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4 de Abril de 2011 às 23:59

PAM em “colapso” castiga pacientes em Dourados

Raio-x e eletrocardiograma estão quebrados; falta medicamento e materiais para os médicos DOURADOS – O Pronto Atendimento Médico (PAM) entrou em colapso. São aparelhos quebrados, falta de medicamentos e materiais de trabalho para os profissionais de medicina, entre outros problemas crônicos, onde só quem sofre é o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Em vistoria do Conselho Municipal de Saúde, foi constatado que dos três aparelhos de raio-x existentes, apenas um estaria funcionando e de forma parcial. Isto porque depois de passar por manutenção, ele teria apresentado defeito novamente. Com isto, exames de tórax, cervical e ombro estariam sendo canceladas na unidade. Um outro aparelho está completamente sem uso, danificado por completo e sem previsão de quando vai voltar a funcionar. Enquanto isto, um terceiro raio-x, novo e ainda encaixotado, está no local desde setembro do ano passado sem ao menos ser instalado. Existe a informação de que o município tinha interesse em levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que ainda será implantado no final do ano. O Conselho de saúde constatou ainda que dois eletrocardiogramas do PAM estão quebrados. Enquanto isto, os três cardiologistas que estão no local não conseguem liberar o paciente para cirurgias. Por mês o PAM registra 36 consultas. O paciente é obrigado a tentar vaga no Hospital da Vida. O PAM conta com dois neurocirurgiões. Os profissionais não conseguem tratar os pacientes porque não existe no lo-cal um aparelho de eletroencefalograma. A pessoa doente, que poderia ser prontamente atendido no PAM, é obrigado a esperar meses na fila do Sistema de Regulação de Consultas (Sisreg), para fazer o exame e voltar ao PAM com os resultados. Na sala de urgência foi constatado um buraco na parede e fios. Além dos riscos de contaminação, fato deixa claro a fragilidade na estrutura do prédio, que não passa por reformas há anos. Outro grave problema é a falta de medicamentos básicos. Até um simples anticoncepcional, o tipo ciclo 21, não está sendo fornecido. Na lista de esgotados na farmacinha destacam-se: paracetamol gotas e 500 ml, (tratamento contra febres), Metformia (tratamento de diabetes), Propranolol (hipertensão), colírios, Sabutaol (problemas respiratórios), Xaro-pe de guaco (expectorante), Nistatina solução, Omeprazol e Nicanozol (creme vaginal). Com essa falta mais de 40 paci-entes por dia voltam para a casa sem medicamentos. O conselho constatou ainda que a grande parte dos materiais de escritório estão sucateados, assim como alguns leitos. Cadeiras, mesas, e outros objetos de patrimônio público e sem manutenção enferrujam do lado de fora do PAM. Eroslava Ventorim, de 57 anos, reclama da falta de médicos e aparelhos. “Eles pedem para chegar cedo e só atendem na hora do almoço”, conta, dizendo que já estava há 4 horas na fila de espera. A paciente Dalila da Silva Quevedo, luta há 4 anos por um aparelho que afere a pressão arterial diariamente, mas sem sucesso. “Sem o acompanhamento, o médico não pode dar continuidade ao tratamento de arritmia cardíaca”, comenta. A Comissão de avaliação de serviço da saúde do Conselho é formada pelos conselheiros Joel Martins da Silva, João Alves de Souza, Nelson Salazar e Reverendo Beijamin. Fonte: Jornal o Progresso, por Valéria Araújo



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