Pandemia agrava desigualdade econômica no país
Na média, os 40% mais pobres perderam mais de 30% da renda familiar por conta da crise sanitária. A perda para os 10% mais ricos foi de apenas 3%
Há quase um ano a pandemia do novo coronavírus tem agravado um dos piores problemas do Brasil: a desigualdade econômica. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostra que, na média, os 40% mais pobres perderam mais de 30% da renda familiar por conta da crise sanitária. A perda para os 10% mais ricos foi de apenas 3%.
Quer dizer que, enquanto as pessoas estão perdendo a renda do trabalho, acontece distribuição de renda de forma cada menos igualitária no país. Um cenário terrível para as famílias mais vulneráveis que se veem sem saída e o governo Bolsonaro não faz nada para ajudar. Pelo contrário. Só piora.
A situação poderia ser ainda pior se não fosse o pagamento do auxílio emergencial para mais de 60 milhões de brasileiros de abril a dezembro de 2020. A liberação do benefício só aconteceu após intensa mobilização dos movimentos sociais e sindicais. Porém, a ajuda foi interrompida mesmo sem a pandemia ter acabado no final do ano passado. A indecisão do governo vai deixar marcas na população, no mercado de trabalho e até mesmo na educação do país.