A greve nacional dos bancários completa sete dias nesta terça-feira (05/10) sem que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresente uma proposta concreta. O que demonstra total descaso com a sociedade e o funcionalismo. Até a tarde desta segunda-feira (04/10), os bancários de todo o Brasil paralisaram 6.527 agências. No final da tarde de ontem, 04/10, os trabalhadores reunidos em frente a agência centro do Bradesco em Dourados fizeram uma avaliação do andamento da paralisação até o momento e decidiam dar continuidade ao movimento até que os banqueiros apresentem nova proposta a reivindicações da categoria. A Fenaban apresentou uma proposta de reajuste rebaixada, de 4,29%, enquanto os bancários reivindicam 11% (inflação mais 5% de aumento real) e não abrem mão porque os banqueiros têm alcançado lucros bilionários cada vez mais crescentes, portanto têm plenas condições de atender o pedido dos bancários. No Estado a greve continua forte, e ontem, 04/10, no sexto dia de greve, os bancários fecharam 90 agências em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande foram 49, Em Dourados 25, 6 em Três Lagoas, 5 em Ponta Porã, 2 em Naviraí, 2 em Corumbá e 1 em Aquidauana. Em Dourados a greve se manteve coesa, com 100% das agências do município fechadas e mais outras nas cidades da base, como Fátima do Sul, Juty, Rio Brilhante e Maracaju, totalizando 25 agências paralisadas. E mais uma vez as quatro agências do Bradesco na cidade de dourados permaneceram fechadas mesmo com interdito proibitório. Comando Nacional Nesta segunda-feira (04/10), em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários esteve reunido e decidiu enviar carta à Fenaban protestando contra as práticas antisindicais adotadas pelos bancos na campanha salarial como ajuizamento de interditos proibitórios e pressão para obrigar os funcionários a chegarem de madrugada nas agências.