24 de Maio de 2012 às 23:59
Paralisação contra as demissões no Itaú na Bahia
De portas fechadas. Assim permaneceram durante toda quarta-feira (23/05), cinco agências do Itaú, na Pituba, em Salvador. O objetivo é denunciar as atitudes arbitrárias do banco, que vem, desde o ano passado, promovendo uma série de demissões sem justa causa em todo o país.
Os trabalhadores do interior também cruzaram os braços. Em Itabuna, a agência ficou fechada por uma hora, das 10h às 11h. Em Feira de Santana, três unidades fizeram manifestação entre 10h e 12h. No município de Jacobina, o protesto durou até às 10h e em Camaçari, o Itaú ficou sem atendimento até às 13h.
O maior banco privado do Brasil fechou 1.964 postos de trabalho entre janeiro e março. Redução de 7,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Dieese, em março de 2011, a empresa tinha 104.022 funcionários. Em dezembro, diminuiu para 98.258 e em março deste ano para 96.204. A Bahia também é atingida pelos cortes. De janeiro até abril, foram mais de 50 dispensas.
Por outro lado, o lucro da empresa continua a crescer. Em 2011, a lucratividade chegou a R$ 14,6 bilhões, a maior da história do sistema financeiro nacional. No primeiro trimestre deste ano, mais ganho extraordinário. O resultado ultrapassou a casa dos R$ 3,4 bilhões, o maior entre todos os bancos em operação no país.
Os bancários querem que a direção da empresa abra negociação com a Comissão de Organização de Empregados para que as demissões sejam suspensas. Outros assuntos também deixam os funcionários insatisfeitos, como o banco de horas.
“A compensação é feita de acordo com o interesse da empresa e não em acordo com o movimento sindical”, afirma o diretor do Sindicato da Bahia, Elias Lopes. Diretores do SBBA e da Federação da Bahia e Sergipe participaram da manifestação.
Fonte: Seeb-Bahia



