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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Previsões de lucros astronômicos para os bancos

Os grandes bancos privados que operam no Brasil fecham o primeiro semestre deste ano com lucros vigorosos, apesar da queda de cinco pontos percentuais no juro básico (Selic) desde setembro de 2005. A taxa está em 14,75% ao ano. Segundo Rafael Quintanilha, da corretora Ágora Senior, com os cortes dos juros, os bancos têm apostado no aumento do crédito para elevar a rentabilidade. Estimativas do analista apontam o que já era previsto. O Bradesco um dos grandes bancos privados fechou o semestre com um lucro de R$ 3,132 bilhões, uma expansão de 20% sobre o resultado de igual intervalo de 2005. Já o Itaú, teve ganhos de R$ 2,958 bilhões, um aumento de 20,5% nesta mesma comparação. O Unibanco deverá registrar no semestre crescimento de 25% no lucro, para R$ 1,067 bilhão. "Não vejo razões para o setor [bancário] apresentar algum tipo de surpresa", disse Quintanilha. Ele destacou os dados divulgados pelo Banco Central, que apontaram aumento de 21,7% no volume total das operações de crédito no Brasil no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2005. O montante passou de R$ 541,3 bilhões para R$ 658,9 bilhões. Na avaliação do analista, com a inflação sob controle há um ganho real no poder de compra da população e aumento na busca por crédito. "O equilíbrio da economia e a expectativa de crescimento econômico real dão mais confiança ao consumidor de que ele terá condições de pagar seus empréstimos no futuro." Para Quintanilha, o único fator que pode gerar um pouco de preocupação no setor é a trajetória da inadimplência que, caso cresça muito, poderá exigir o aumento das provisões, o que teria impacto nos resultados dos bancos. Com o avanço do crédito, é natural que haja elevação nos índices de inadimplência. Até o final do primeiro trimestre, entretanto, essa questão não era motivo de preocupação para o setor. Fonte: IVONE PORTES da Folha Online



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