Santander passa dos limites e é condenado por assédio moral
Até que ponto vão as exigências por metas impostas pelos bancos. O Santander foi condenado por exigir que uma empregada cumprisse as metas da empresa, ainda que, para isso, tivesse de prestar favores sexuais. O caso é mais um absurdo cometido pelos bancos, que, para lucrar, humilham e degradam a imagem dos funcionários. A empregada, com 27 anos de empresa, ainda ouvia do gerente regional palavras de baixo calão para insinuar que as metas tinham de ser cumpridas a todo custo. O banco, como sempre, negou. Mas, testemunhas confirmaram o assédio. Depois de perder a ação na 3ª Vara do Trabalho de Sorocaba, o Santander recorreu, em vão, ao Tribunal Regional do Trabalho. O caso, então, foi levado ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), que confirmou a condenação. De acordo com o TST, as instâncias ordinárias agiram em conformidade com a Constituição Federal, cujo inciso X do artigo 5º prevê a proteção à intimidade, à honra e à imagem da pessoa. Agora, o banco terá de pagar R$ 35 mil em indenização à bancária.