Sem avanços nas negociações vigilantes podem deflagrar greve
Sem avanços na primeira rodada de negociação, vigilantes de Mato Grosso do Sul ameaçam fazer greve. Eles são responsáveis pela segurança de setores de indústria, comércio, órgãos públicos e privados e o sistema financeiro, como bancos, cooperativas de crédito. Caso a categoria decida pela paralisação, as agências bancárias não poderão funcionar devido à lei 7.102 que não permite a abertura sem a presença de, no mínimo, dois vigilantes. CATEGORIA VAI À SEGUNDA RODADA DE NEGOCIAÇÃO COM A CLASSE PATRONAL". A primeira rodada de negociação com a classe patronal ocorreu na semana passada, em Campo Grande. A segunda está marcada para está terça-feira, 01/3 às 19 horas em Campo Grande. “Estamos abertos para negociação, mas se não houver uma melhor atenção para a nossa categoria com certeza iremos deflagrar a greve”, avisa o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campo Grande e região, Celso Adriano Gomes Rocha. Além da capital, Dourados e Naviraí também estão na luta por reivindicações. Esses sindicatos, que representam cidades do entorno, são representados pelos vigilantes Antônio Ferreira e Admilson Rodrigues, respectivamente. Em todo o Estado existe aproximadamente 8.200 vigilantes, desses 70% são sindicalizados. O salário base da categoria é de R$ 726,00. Eles recebem também R$ 13,45 por risco de vida e R$ 110,00 de alimentação. Para esta negociação, reivindicam um reajuste salarial de 14,5%, além de 30% no atual risco de vida e vale alimentação de R$ 13,50 por dia, ao invés de R$ 110 mensal. Os profissionais que atuam em agências bancárias reivindicam, ainda, mais R$ 180. Se a greve for deflagrada, poderá provocar o desabastecimento de cédulas no sistema de caixas eletrônicos das agências, já que os carros-fortes não poderão descarregar. Também prejudicará o comércio. Muitas empresas e indústrias utilizam o carro-forte para fazer o transporte de valores até o banco. A última greve da categoria no Estado ocorreu em fevereiro do ano passado, somente em Campo Grande. Se ocorrer desta vez atingirá vários municípios, diz o sindicalista Celso Adriano Gomes. No início deste ano, a categoria dos vigilantes de Mato Grosso, Paraná, Espirito Santo e Bahia entraram em greve. As agências bancárias permaneceram fechadas durante o período de paralisação, já encerrada nos quatro estados. Fonte: Jornal O Progresso