Servidores estaduais preparam investida contra a política salarial de Puccinelli
Grupo de ao menos oito mil servidores estaduais prepara um ato a ser realizado no dia 1º de abril contra a política salarial imposta pelo governo de André Puccinelli, do PMDB, que sinalizou um reajuste que varia de 6 a 8%. A organização do protesto envolve ao menos três secretarias, informou a presidente do Sindsad-MS (Sindicato dos Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul), Lilian Fernandes. “Não queremos discutir o índice do reajuste que será oferecido neste ano, não é isso, queremos, sim, que ele cumpra o que disse lá atrás, quando assumiu seu primeiro mandato, em 2007. À época, ele declarou isso aqui em mesa de negociação com sindicalistas: vou corrigir as distorções e discrepâncias deixadas pelo ex-governador Zeca do PT. Tudo isso ficou no discurso”, afirmou Lilian. A sindicalista contou que o que ocorre agora nunca acontecera em governos passados: “jamais um servidor da administração direta recebeu mais que um servidor lotado em órgão da administração indireta se os dois desempenhassem as mesmas funções”, disse. Ela informou também que uma assistente social, por exemplo, que trabalha na Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), recebe salário mensal de R$ 1.200,00. Já se essa servidora atuasse numa outra secretaria receberia em torno de R$ 2.300,00. “Isso sim que é discrepância, distorção”, provocou a sindicalista. O manifesto dos servidores, segundo Lilian, deve contar com a participação de servidores da SAD (Secretaria de Administração), Fundação de Cultura, Unei, casas que cuidam de menores infratores e Setas. O governo estadual ainda não se manifestou sobre o manifesto dos trabalhadores. Em declarações recentes, publicadas na imprensa estadual, o governo tem sustentado que a arrecadação estadual deve sofrer um recuo de ao menos 20 milhões mensais, daí o índice salarial de 6 a 8%. Fonte: Midiamax Campo Grande, por Celso Bejarano