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17 de Maio de 2012 às 23:59

Sindicatos pressionam Santander em reunião em Campo Grande

Falta de funcionários, ergonomia, péssimas condições de trabalho, assédio moral, extrapolação de jornada e sobrecarga de trabalho. Estes foram alguns dos assuntos tratados, pelos Sindicatos de Bancários de Dourados e Campo Grande, durante negociação com o banco Santander, nesta quarta-feira (16/05) em Campo Grande.
A negociação realizada, com a Direção do banco, só aconteceu depois das diversas atividades realizadas pelos sindicatos, tanto na capital como em Dourados, onde na semana passada o sindicato chegou a interditar as duas agências da instituição em protesto pelos problemas enfrentados pelos funcionários.
Os representantes dos sindicatos, mais uma vez, reforçaram o que já é de conhecimento da empresa, ou seja, as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos funcionários do Santander nas duas cidades.
O presidente do Sindicato de Dourados, Raul Verão, destacou que: “O banco recentemente foi condenado por danos morais coletivos praticados contra seus funcionários e, em nova fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as duas agências voltaram a ser flagradas comendo as mesmas irregularidades, recebendo juntas mais 26 autuações”.  
A presidenta do Sindicato de Campo Grande, Iaci Azamor, relatou que: “Há um grande número de empregados afastados por motivos de saúde e que, muitos, mesmo com problemas, não procuram tratamento por receio de ficar de licença e ser prejudicado na agência”.
Já os representantes do Santander, se limitaram a comunicar que o modelo de gestão que tem levado a essa situação não parte da direção nacional da empresa e que estão dispostos a dialogar com os sindicatos na busca de soluções. Além disso, se comprometeram a enviar um médico do trabalho e uma assistente social para visitar as unidades do banco e monitorar os problemas relacionados à saúde e condições de trabalho. Fizeram compromisso, ainda, de recompor o quadro funcional nos locais onde houve demissões.
Os dirigentes sindicais ratificaram que estão abertos ao diálogo, mas que já passou da hora do banco agir e apresentar soluções concretas para os problemas, sob pena dos sindicatos continuarem se manifestando e denunciando o descaso da empresa para com os seus trabalhadores e que não hesitarão em realizar novas ações para garantir os direitos e a saúde dos trabalhadores.
Participaram da negociação, pelo Sindicato de Dourados, o presidente Raul Verão e os funcionários do Santander e diretores do sindicato, Laudelino Vieira e Walter Teruo. Por Campo Grande, a presidente Iaci Azamor, o diretor jurídico Cícero e os diretores Élio Sandim, Waldemir Cardoso e Marcelo, funcionários do Santander. Ainda pelo movimento sindical, o representante da Fetec-CUT/CN, na Comissão de Organização dos Empregados do Santander (COE-Santander), Arilson da Silva, que também é presidente do Sindicato dos Bancários do MT. Os representantes do banco foram: Os Diretores de Relações Sindicais Fabiana Ribeiro e Marcos Schhmitz, ambos de São Paulo e pela Regional estadual, Lauren Cristina.
NEGOCIAÇÃO NACIONAL
 A nível nacional a Contraf-CUT, federações e sindicatos também discutirão com o Santander os problemas dos funcionários no dia 24 de maio, às 14h, em São Paulo. As demandas de Mato Grosso do Sul serão levadas pelo representante da Fetec-CUT/CN, Arilson da Silva.
Fonte: Seeb-Dourados e Região, com Seeb-Campo Grande, por Joacir Rodrigues



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