27 de Julho de 2011 às 23:59
Sistema financeiro nacional é desigual
O sistema financeiro, setor que mais lucra no Brasil, também é o mais perverso. Pela Constituição Federal o sistema financeiro deveria promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade, o que na realidade não acontece.
O que se vê atualmente é um sistema cada vez mais elitista e excludente. O sistema financeiro deveria ser voltado ao interesse da população, dando real condição de movimentar todos os serviços bancários, não só abrir conta para receber salário.
Basta verificar o crescimento semelhante dos bancos estatais e privados. De acordo com o Banco Central, no primeiro quadrimestre do ano, o conjunto das organizações financeiras públicas registrou crescimento de 4,2%, já os privados, 4,4%. Para se ter uma ideia, o Bradesco já registra no segundo trimestre lucro líquido 15,8% maior que no mesmo período do ano passado.
Os bancos não são pensados para a realidade da população brasileira. Ao invés de inclusão, o que ocorre é a elitização bancária. Influenciada, inclusive, pela normatização do Banco Central que autoriza a criação de correspondentes bancários. Resultado, clientes de baixa renda, logo, de pouca serventia empurrados para os correspondentes, enquanto os da elite são mantidos dentro das agências.
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