Spread atinge 26,1% em fevereiro
As restrições de crédito, adotadas no final do ano passado, resultaram na elevação do spread bancário, diferença entre os juros pagos e as taxas cobradas nos empréstimos. A taxa passou de 23,5%, em dezembro, para 26,1%, no mês de fevereiro. Maior marca desde agosto de 2009. Os bancos também aumentaram os juros prefixados nas modalidades de opção de crédito, exceto o cheque especial, que teve queda de 170,7% para 167,4% no bimestre. O crédito pessoal subiu de 44,1% para 48%. Já o financiamento de veículos aumentou de 25,2% para 27,3%. Os demais financiamentos tiveram elevação de 47,9% para 50,8%. A escalada dos juros é conseqüência do aumento compulsório, divulgado pelo BC, no início de dezembro, quando retirou R$ 61 milhões do mercado. A situação se agravou com a alta da Selic (taxa básica de juros), para 11,25% ao ano, em janeiro, para conter as pressões inflacionárias. Para variar, quem sofre com a realidade são os trabalhadores. A taxa média cobrada no empréstimo subiu de 35% para 38,1% e se firma como o spread mais alto do mundo.