21 de Novembro de 2011 às 22:59
Taxa de juros engorda cofre dos bancos e clientes sofrem com cobranças exorbitantes
Quem precisa dos serviços bancários no Brasil sofre. Principalmente quando o assunto é juro. Os valores cobrados pelos bancos são tão abusivos que colocam o país no topo da lista das taxas mais altas do mundo. Basta analisar e comparar para comprovar.
O correntista do Itaú, por exemplo, paga juros de 9,08% por mês de cheque especial. No Bradesco, o mesmo serviço custa 8,86% e no Banco do Brasil, 8,41% ao mês. Traduzindo, uma pessoa que deve R$ 950,00 de cheque especial no BB paga, depois de um mês, R$ 79,90 a mais. Isso sem considerar as demais tarifas.
Para a compra de veículos, a taxa cobrada pelo Itaú é de 2,16%. Ou seja, se um correntista do banco financiar um automóvel de R$ 25 mil em 36 meses, no final paga um pouco mais de R$ 38 mil, 52,17% a mais do valor original do veículo. No Bradesco, a taxa é de 1,77%.
Os juros também são altos para o empréstimo pessoal. Um exemplo é um empresário que tomou empréstimo de R$ 4 mil no Banco Bradesco, com juros de 4,92% por mês. Ao final de 4 anos, a dívida estava em R$ 11 mil. “O valor era tão absurdo que empresa fez nova proposta. O empresário pagou todo o débito em 14 vezes de R$ 245,85. No Itaú, o correntista tem de desembolsar por mês 4,56%, e no BB, 2,73%. Entre todos os bancos, a Caixa é o que cobra menos, 2,39%.
Os índices contribuem, e muito, para engordar o cofre das organizações financeiras. Para se ter ideia, o Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa lucraram R$ 34 bilhões apenas nos nove primeiros meses deste ano.