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3 de Outubro de 2011 às 23:59

Terceirização aumenta a precarização

Salários reduzidos e sem direito a hora extra e outros benefícios são problemas enfrentados pelos trabalhadores terceirizados. No setor bancário, a prática chega a ser abusiva. As instituições financeiras se aproveitam e lucram ainda mais por não ter que arcar com os encargos de funcionários efetivos. O tema será discutido em audiência pública nesta terça e quarta-feira (04 e 05/10) no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Para o deputado federal Arthur Maia, relator do projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, a prática só deve ser utilizada em casos de serviços especializados, que demandam um treinamento maior e mais específico, como segurança e Call Center.
No caso da substituição da mão de obra bancária, o parlamentar explica: “um banco não pode substituir o serviço de um bancário por um trabalhador terceirizado. Neste caso, sou contra a terceirização”. A prática foi criada, inicialmente, para serviços específicos.
O problema é que hoje as empresas se aproveitam para contratar outras instituições, que, por sua vez, contratam funcionários para prestar os mesmos serviços de um contratado só que com salários reduzidos e sem vínculos empregatícios.
Para a coordenadora do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Ana Margareth Simões, com a terceirização os empregados perdem direitos básicos. “No caso dos bancários, por exemplo, um terceirizado que trabalha nas agências não tem direito aos benefícios conquistados em uma campanha salarial”. Ela ainda considera que a prática pode interferir na saúde do trabalhador, que é sobrecarregado e, muitas vezes, mais cobrado do que o que tem vínculo empregatício com a empresa.



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