6 de Agosto de 2013 às 23:59
Trabalhadores de Dourados engrossam protesto contra PL-4330 da terceirização
A classe trabalhadora vai às ruas em todo o país nesta terça-feira (6), contra o Projeto de Lei 4330/2004 que regulamenta a terceirização fraudulenta e ameaça até mesmo os direitos estabelecidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Dia Nacional de Luta é convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais.
Em Dourados a manifestação acontece em frente à agência Centro do Banco Itaú na região central da Cidade, a partir das 9 horas e será realizado em conjunto pelos sindicatos filados a CUT no município.
Segundo Janes Estigarribia, presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, um dos organizadores do manifesto no município, “O objetivo do protesto é abrir os olhos do Congresso Nacional e alertar sobre os malefícios da proposta, que regulamenta as atividades-fim nas empresas. Além de um retrocesso dos direitos trabalhistas. O PL 4330, tem votação prevista para o dia 13 de agosto”.
“A prática é prejudicial para os trabalhadores e para a economia nacional. Milhares de empregos deixam de ser criados, a rotatividade aumenta e, para completar, o salário reduz. Um terceirizado ganha, em média, 27% a menos do que um contratado diretamente”. Finaliza Estigarribia.
Atualmente, trabalhadores, governo federal, empresários e parlamentares negociam alternativas para o PL 4330, em tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Mas, os debates não têm avançado. Enquanto as negociações seguem, o texto do deputado federal Sandro Mabel (PMDB), que recebeu aval do relator, o deputado federal Arthur Maia (PMDB), aguarda votação, prevista para 13 de agosto.
Geração de emprego
Ao contrário do que se convencionou dizer, a terceirização não gera mais empregos do que as contratações diretas. Os terceirizados têm jornada superior aos demais trabalhadores – são três horas a mais em média, sem considerar as horas extras. Por causa disso, realizam tarefas que, sem a jornada excessiva, exigiriam novas contratações.
Segundo último estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos socioeconômicos), de 2011, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego e a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre terceirizados. A estimativa é de que o país tenha 10 milhões de terceirizados, o equivalente a 31% dos 33,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
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Fonte: Seeb-Dourados e Região, por Joacir Rodrigues