17 de Fevereiro de 2012 às 22:59
Trabalhadores do HSBC fazem protesto contra o banco em todo país
Em todo o país, protestos contra a política de desvalorização dos bancários do HSBC. Nesta quinta-feira 16, os trabalhadores manifestaram-se contra o banco, que desconta da PLR os programas próprios de distribuição do lucro: PPR/PSV. Em São Paulo, o Dia Nacional de Luta contou com manifestações em agências de todas as regiões da capital e ainda no Tower, concentração que abriga a diretoria do banco inglês no Brasil.
Em Dourados o sindicato fez panfletagem com a distribuição de exemplares do jornal Análise, da Contraf-CUT, que denuncia todos os problemas dos programas próprios do HSBC. Nas agências do HSBC de Maracajú e Caarapó, o jornal foi enviado via fax para que os trabalhadores também tomassem conhecimento das denúncias.
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Segundo José Carlos Camargo Roque, diretor jurídico do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região e funcionário do HSBC, “Esse dia foi mais um exemplo do descontentamento dos trabalhadores, que há semanas protestam em todo o país contra a compensação do PPR/PSV na PLR, principalmente após a mesa de negociação em que o banco insistiu no desconto”.
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O banco dá com uma mão e tira com a outra, já que os programas próprios estão vinculados a metas inalcançáveis e a critérios incompreensíveis para o trabalhador. O resultado disso é que, ao final do ano, após meses de pressão e assédio moral para o cumprimento das metas, muitos bancários não recebem nada. Os protestos vão continuar até que o HSBC corrija essa injustiça.
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O banco anunciou na última sexta feira (dia 10/02) que alteraria o programa para este ano. Ou seja, as consequências disso só viriam em 2013, mas o sentimento dos bancários é de desconfiança, já que em ocasiões anteriores o HSBC alterou metas, datas de pagamento e valores de remuneração. As regras são firmadas, mas no meio do jogo o banco muda e essas mudanças são sempre desfavoráveis ao trabalhador.
Além disso os valores pagos como PPR/PSV nos últimos anos, provisionados no balanço, não condizem com os valores recebidos pela grande maioria dos trabalhadores.
A constatação do movimento sindical em todo o país é de que há uma frustração visível dos funcionários por receber a PLR com desconto no próximo dia 27, data anunciada pelo banco para o crédito da segunda parcela da participação nos lucros. Há, ainda, outro problema: o HSBC ainda não divulgou o balanço, e o valor de recebimento da PLR está em suspenso. Os trabalhadores não sabem o que esperar para esse pagamento.
O Movimento Sindical reforça que os protestos irão continuar. Com manifestações enquanto o banco não mudar a postura e negociar o programa atual e os anteriores, que foram estabelecidos sem qualquer negociação com o Movimento Sindical, que não aceitará programas que previamente excluem 10% dos trabalhadores, como no atual modelo, e que sejam alterados de acordo com a conveniência da empresa, e sem regras claras.
Fonte: Seeb-Dourados, por Joacir Rodrigues, com Seeb-SP