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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Trabalho: Desigualdades sociais são hoje maiores do que em 1990.

As desigualdades sociais no Brasil vêm diminuindo em ritmo lento desde 2004, mas ainda são maiores que as identificadas em 1990, segundo relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A maior causa da redução das diferenças é o maior rendimento dos trabalhadores e sua crescente participação na renda nacional, aliado ao aumento dos salários das camadas mais pobres da sociedade e à diminuição da remuneração dos que ocupam os principais postos de trabalho e, por isso, têm rendas mensais mais elevadas. O rendimento dos trabalhadores das classes mais baixas está maior. Se em 1990 a camada dos 10% mais pobres tinha renda mensal média de R$ 67,00, em 2007 este valor era de R$ 97,00. A renda dos 20% mais pobres também cresceu, de R$ 202,00 para R$ 236,00. Por outro lado, o rendimento mensal médio dos 10% mais ricos diminuiu de R$ 4.559,00 para R$ 4.114,00. O mesmo aconteceu com os 1% mais ricos: de R$ 13.604,00 que recebiam mensalmente em 1990, passaram a receber R$11.878,00. Essa queda na diferença, no entanto não é verificada na distribuição funcional da renda - que considera a participação dos trabalhadores na renda nacional. Se em 1990, a renda do trabalhador correspondia a 45,4% da total do país, em 2007 essa porcentagem era de 41,7%. Neste período de 17 anos, houve quatro fases que tiveram ritmos diferentes de participação dos trabalhadores na renda do país. De 90 a 96, houve perda de 15,2%. De 96 a 2001, no entanto, houve recuperação de 5,4%, mas de 2001 a 2004 a participação do trabalho teve nova redução, de 3,1%. De 2004 a 2007, os trabalhadores expandiram sua atividade na renda nacional, representando aumento de 4% em relação ao período anterior. De acordo com as projeções do Ipea, se o Brasil continuar com o mesmo ritmo de crescimento, atingirá o mesmo patamar do início na década de 1990 apenas em 2011. Para haver uma melhora geral na distribuição da renda nacional é preciso que haja maior participação do trabalhador na economia junto com a diminuição da desigualdade dos salários, como aponta o estudo. Fonte: ibest / último segundo



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