O Brasil dá mais proteção social ao trabalhador e oferece mais oportunidade de emprego do que os Estados Unidos. É o que revela estudo inédito feito pela Ufba (Universidade Federal da Bahia) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Outra novidade diz respeito ao salário. Enquanto em terras tupiniquins houve a reposição das perdas salariais da década de 1990, mesmo com a crise econômica mundial em 2008, nos EUA, os salários permaneceram estagnados. De acordo com o estudo, boa parte das novas oportunidades nos EUA está concentrada em grandes redes de supermercados ou de Fast Food. Os salários pagos por estes setores são muito baixos e os funcionários, normalmente, ainda têm de ultrapassar 44 horas de trabalho por semana. Sem falar das férias sem remuneração. Já o Brasil, apesar de estar muito longe do ideal, é mais intenso com a regulação da jornada de trabalho, ao impor determinações quanto ao descanso semanal remunerado, hora extra e férias, por exemplo. A pesquisa analisa o universo de 116 milhões de assalariados do setor privado dos EUA e 55 milhões do Brasil.