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19 de Setembro de 2011 às 23:59

Última chance para os banqueiros, negociação com seriedade ou greve

Rodada de negociação desta terça-feira, 20/9, define os rumos do movimento. Sem proposta, categoria para
Com lucro líquido de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre, aumento de 20% em relação a igual período de 2010, os bancos mais uma vez colocaram o setor no topo da economia nacional. Diante do desempenho espetacular, a categoria não vai aceitar na negociação de amanhã, 20/9, o argumento da Fenaban de que o salário dos bancários cresceu demais nos últimos anos.
Essa, aliás, é a última oportunidade de os banqueiros apresentarem uma proposta às reivindicações da categoria, coisa que até o momento não foi feito. O cinismo e a arrogância têm sido as marcas da Fenaban, que começa as discussões sem interesse nenhum em negociar. Pelo contrário. A ordem é só negar.
As reivindicações sobre condições de trabalho, saúde, mais contratações, respeito à jornada e remuneração até agora ficaram apenas no papel.
Nem mesmo a segurança, questão de interesse nacional, tem merecido atenção das organizações financeiras. O desinteresse em avançar em questões tão importantes para a sociedade brasileira mostra que os bancos só se preocupam com o próprio umbigo. Mas, os bancários estão dispostos a mudar essa realidade e caso a postura se mantenha, a greve passa a ser uma possibilidade real.
Prazo contado também na Caixa  
Os empregados da Caixa também estão preparando a greve, caso a direção da empresa não apresente proposta para as reivindicações da categoria na rodada de negociação marcada para quarta-feira, 21/9, das 10h às 14h, em Brasília. O governo tem ido na onda da Fenaban e não mostra disposição em atender a pauta específica dos bancários.
Entre as principais questões, o fim da discriminação dos empregados que permanecem no Reg/Replan e Saúde Caixa. A categoria quer também a transferência dos participantes do Prevhab para a Funcef e a isonomia. Isonomia: Por falar em igualdade de direitos, os empregados da Caixa realizam, amanhã, 20/9, às 10h, em Brasília, o Encontro Nacional de Isonomia. A intenção é pressionar a aprovação do Projeto de Lei nº 6295/05, atualmente estacionado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que garante isonomia para os funcionários de todas as estatais.
A igualdade de direitos é uma luta antiga dos funcionários dos bancos públicos e tem como base a Constituição Federal, que impede o empregador de remunerar de forma diferenciada funcionários que exercem as mesmas funções e produzem com a mesma intensidade. Bancários de todo o país devem participar.
Banco do Brasil também ameaçado
Na primeira e segunda rodadas de negociações, o Banco do Brasil resolveu manter a postura de intransigência com relação às reivindicações dos funcionários. Como se ainda não bastasse, ainda disseminou a cultura do medo. Mas de nada adianta, pois os bancários continuam mobilizados e prontos para a próxima negociação, amanhã, 20/9, em São Paulo.
Nas últimas negociações, a direção do BB apelou e ameaçou retirar cláusulas do acordo aditivo. Também deu uma prova clara de desrespeito à democracia, criticando as manifestações realizadas pelos sindicatos de todo o país. Apesar da dificuldade, o Movimento Sindical recomenda que os trabalhadores continuem unidos e se preparem, pois da forma como o processo está sendo conduzido, pode haver paralisação por tempo indeterminado.
Entre as reivindicações, o fim dos descomissionamentos injustificáveis e irregulares, jornada de seis horas sem redução de salário, avanços no plano de carreira com aumento no piso e o combate ao assédio moral.
Em relação à saúde e previdência, a exigência é para que não haja perda de função e direitos em casos de licença para tratamento de saúde.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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