Veja aqui: Matéria do jornal DiárioMS destaca fiscalização da Lei da Fila em Dourados
Fiscalização faz bancos se adequarem à Lei da Fila em Dourados As filas nos bancos em Dourados vêm diminuindo durante os horários de pico. Pelo menos é o que tem constatado o Procon (Programa Municipal de Orientação e Defesa do Consumidor) durante as fiscalizações semanais. Mas, isso não significa que o problema esteja resolvido. Os consumidores se queixam, mas não comparecem ao órgão para fazer uma reclamação formal. “O povo conversa bastante, tem queixa, mas o índice de reclamação aqui no Procon sempre foi baixo. Então, o que fazemos é a fiscalização”, disse Rosemar Mattos de Souza, diretor do programa. Segundo ele, a equipe de fiscalização não está encontrando tempos de permanência dos usuários, maiores do que 15 minutos, em suas visitas aos bancos. “Não estou dizendo que não tenha fila maior que esse tempo, só que não estamos constatando e com isso vem diminuindo o número de autos de infração aos bancos”, ressalva Souza. O diretor do Procon associa essa diminuição à presença da fiscalização. “Pode ser que quando chegam os fiscais, eles colocam mais funcionários nos caixas, suficiente para atender a demanda e com isso a fila diminui naquela hora”, disse Souza, reforçando a importância dos usuários que permanecerem muito tempo na fila façam as reclamações. A lei da fila determina que o tempo máximo em que o usuário pode esperar pelo atendimento é de até 15 minutos (de terça à quinta-feira). Em dias que antecedem ou após os finais de semana (Segunda e sexta), passa para 20 minutos. Já em dias posteriores a feriados prolongados, o tempo pode chegar a 30 minutos. BANCÁRIOS Para os bancários as filas significam stress e trabalho intenso. “No momento que a pessoa está demorando na fila do caixa ela fica revoltada e começa a olhar para os atendentes, como se fosse culpa deles e não é. Do outro lado do balcão está o funcionário também indignado e vitima desse processo”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários, Raul Verão. Para o representante dos bancários, faltam funcionários para suprir a demanda por atendimento. “Bancos que deveriam ter cinco, hoje tem dois ou três funcionários. Vamos supor que um atendente tenha a condição de atender 100 pessoas por dia, por exemplo, nessas condições ele acaba atendendo 300, ou seja, fica sufocado”, disse o presidente. Alguns bancos chegaram a fazer contratação de pessoal, mas de acordo com o sindicato, não supre a necessidade. “Tem questões que são pontuais. Tem bancos que contrataram um, dois ou mais, através de concurso, mas houve também remanejamentos e aposentadorias. Nos privados há rotatividade muito grande, pelo menos uma vez por mês tem um funcionário que sai e outro que entra no lugar. Há contratação, mas o quadro não muda e é aquém da demanda que a população tem”, disse o presidente. O sindicato chegou a fazer um levantamento no ano passado de observação das filas durante dois meses e encaminhou o relatório ao MPE (Ministério Público Estadual), que ofereceu denúncia ao judiciário. O relatório do sindicato acabou se tornando uma Ação Civil Pública, que está tramitando na justiça. ALTERNATIVAS Para tentar diminuir as filas, os bancos têm instalado em todo o país, pontos de atendimento para receber pagamentos de contas, entre outros serviços simples. Em Dourados, um deles já entrou em funcionamento e pode ter colaborado para a queda na procura pelas agências bancárias. Em sua maioria estes pontos são empresas terceirizadas que prestam o serviço aos bancos, por isso o sindicato diz que os usuários devem ficar em alerta. “O banco não responde por transações feitas por estes terceirizados; os depósitos são feitos sem a vigilância dos usuários”, afirma o presidente. Para Verão, a implantação destes pontos precisa ser debatida com a sociedade e a estratégia de diminuir a fila através deles é questão de tempo para deixar de funcionar, já que eles vão acabar caindo no gosto dos consumidores e as filas acabarão sendo transferidas para estes locais. Fonte: DiárioMS, por Fabiane Dorta